“O Rio de Janeiro tem um sistema de saúde completamente esquizofrênico, baseado na atenção hospitalar, o que é muito mais caro e ineficiente”, apontou o ministro como justificativa para o grande número de casos no estado. Segundo ele, a maior preocupação é com a Baixada Fluminense.
Para combater a doença este ano e evitar o caos observado nos hospitais do Rio de Janeiro no início deste ano, o governo pretende investir na prevenção, no treinamento de oficiais do Exército e na instalação de centros de hidratação nas cidades menores. Além disso, 2,5 mil bombeiros irão trabalhar no combate ao mosquito no estado. O governo também pretende distribuir para a população 200 mil capas para caixas d’água.
O ministro se diz tranqüilo em relação ao trabalho a ser realizado em conjunto com o prefeito que deverá ser eleito no próximo dia 26. “Já no primeiro turno todos os candidatos colocavam a saúde como prioritária. A atenção primária e o saúde da família estavam presentes nas campanhas de todos os candidatos. Esse é o caminho para o Rio de Janeiro”, afirmou Temporão.
O trabalho de combate à doença em todo o país, este ano, deverá ser dividido em 3 eixos: organização da rede de atenção à saúde, intensificação do combate ao mosquito e vigilância para detecção rápida de surtos.
Para isso, serão utilizadas novas tecnologias, como armadilhas para pegar as fêmeas do mosquito, testes que forneçam resultados mais rápidos sobre a sorologia e um site para que a população possa dar informações sobre suspeitas de novos casos.
A partir do dia 27 deste mês o ministério vai dar início ao Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa), que mede a quantidade de mosquitos numa determinada área. O trabalho vai até o dia 7 de novembro, em 169 municípios de todos os estados. Os resultados devem ser divulgados no dia 19 de novembro. (Fonte: Mariana Jungmann/ Agência Brasil)