No encontro, que teve quase três horas de debates, Minc afirmou que o plano, que ainda está em fase de consulta pública, deve ter metas realizáveis. Ele destacou aspectos importantes como a previsão de o País chegar a 2015 plantando mais árvores do que cortando, o aumento de 1% para 20% na co-geração de energia e o crescimento de 11% a participação do etanol na matriz energética brasileira com crescimento de 11% ao ano.
Segundo a secretária Nacional de Mudanças Climáticas, Suzana Kahn, além dos objetivos citados acima, essa versão inicial do plano estabelece dois macro objetivos. Um deles é a redução das emissões provenientes da alteração do uso da terra e florestas com foco na questão do desmatamento que representa 55% do nosso total de emissões.
Outro ponto é a promoção do desenvolvimento, do crescimento econômico, seguindo uma trajetória de menor consumo de energia fóssil. “O Brasil vai crescer, mas esse crescimento pode se dar de uma forma menos agressiva ao meio ambiente e isso é possível desde que se tenha tecnologia para isso”, acredita Suzana.
Os participantes do encontro sugeriram que o plano contemple de forma mais precisa ações voltadas para educação ambiental, o uso de áreas degradadas, o estímulo a projetos de energia limpa e o incentivo financeiro a projetos de geração de conhecimentos na área ambiental.
“Nós queremos discutir esse plano não só pela internet, mas também de corpo presente e a universidade tem muito a contribuir e nós temos de ter abertura para incorporar essas sugestões no primeiro plano brasileiro de mudanças climáticas”, disse o ministro.
No próximo dia 27 de outubro será realizada, no Rio de Janeiro, outra audiência pública para debater o Plano Nacional de Mudanças Climáticas. A fase de consulta pública encerra no dia 31 de outubro. (Fonte: Daniela Mendes/MMA)