O diretor da Divisão de Indústria e Produtos Florestais da FAO, Wulf Killmann, diz que a maior parte dos 450 participantes do encontro concorda com a possibilidade de encontrar “um equilíbrio entre os aspectos sociais, econômicos e ambientais da floresta”.
Killman afirmou que este é um dos temas centrais da reunião, promovida pela primeira vez de forma conjunta pela Comissão Européia, a FAO, a Conferência Ministerial para Proteção de Florestas na Europa e a Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa.
“Nós (pela FAO) também o vemos como um dos meios para reduzir os efeitos da mudança climática. Todos os anos, perdemos 13 milhões de hectares da floresta no mundo, segundo o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudança Climática), o que contribui em 17,3% para a emissão de gases do efeito estufa”, afirmou o analista.
Segundo ele, este percentual de dióxido de carbono é muito similar ao que representa o total do setor de transporte. Por isso, seria “muito importante reduzir essas emissões e esse desmatamento” na luta contra a mudança climática.
Para o representante da FAO, a luta contra o aquecimento global “passa pela utilização da terra para obter produtos agrícolas, uma tarefa na qual a floresta tem um grande potencial, assim como pelo conceito de manejo sustentável” dos recursos florestais.
Neste sentido, o diretor da FAO destaca a necessidade de potencializar a indústria florestal sustentável e de explorar a maior superfície possível, já que na Europa – onde a situação da floresta “está melhorando” -, apenas dois terços da área verde total são aproveitadas adequadamente.
“As florestas contribuem para a situação ambiental dos países de diversas formas. Protegem a água, os solos e têm um papel na redução dos efeitos da mudança climática”, explica Killmann, que também é membro do grupo interdepartamental de Mudança Climática da FAO.
“Quando crescem, as árvores absorvem carbono da atmosfera armazenada no tronco, nas folhas e nas raízes”, acrescentou. (Fonte: Folha Online)