Esta descoberta, feita por pesquisadores de várias universidades italianas e publicada nesta quinta-feira pela revista “Plos one”, explica o fenômeno da auto-reparação celular do cérebro e apresenta novas possibilidades no tratamento das doenças neurodegenerativas.
“Ao contrário do que se pensava até agora, o processo de geração de novas células nervosas e de reparação dos circuitos cerebrais também pode começar na idade adulta, com a potencialização deste gene”, explicou María P. Abbracchio, responsável pela pesquisa.
O estudo dos cientistas italianos analisa a forma na qual se pode ativar a capacidade do cérebro de se reparar: conseguir que as células progenitoras imaturas, semelhantes às células-tronco e também presentes no cérebro adulto, gerem novas células nervosas.
Isto é possível graças ao gene GPR17, que permite a algumas células nervosas receber uma espécie de sinal de emergência após o dano cerebral, para que assim se comece o processo de reparação.
O estímulo do gene receptor GPR17 “aumenta notavelmente o amadurecimento destas células para formas mais especializadas, com vistas a reformar a mielina”, sistema que permite a transmissão dos impulsos nervosos entre diferentes partes do corpo graças a seu efeito isolante, aponta Abbracchio.
Os pesquisadores propõem agora oferecer tratamentos aos pacientes com doenças neurodegenerativas – como a esclerose múltipla – que consigam potencializar a atividade do GPR17.
(Fonte: Yahoo!)