Ministro diz que governo vai cumprir decisão de redução de enxofre em diesel

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse nesta terça-feira (4) que o governo federal vai manter a decisão de cumprir a resolução que determina a redução da emissão de poluentes em razão do diesel. A medida estabelece o uso de um combustível com menor quantidade de enxofre nos ônibus e caminhões em circulação no país.

A medida deve ser adotada a partir de 2012. Mas a ex-ministra Marina Silva (PT-AC) criticou o governo, afirmando que faltou mais pulso de certos setores. Porém, hoje Minc evitou polemizar com sua antecessora, embora reconheça que houve omissões em torno do assunto.

“Não vamos adiar (a execução da resolução), não vamos revogar nem alterar”, disse o ministro. Em seguida, ele admitiu que houve uma seqüência de erros, mas negou responsabilidade exclusiva do governo federal. “Houve cinco anos de omissão generalizada, inclusive do governo. Mas o governo federal não cedeu à pressão”, disse.

Pela resolução do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), os veículos pesados movidos a diesel, como caminhões e ônibus, adotarão o S-10 (com 10 partes por milhão de enxofre). As novas regras foram estabelecidas pelo Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores).

De acordo com especialistas, a decisão foi definida como reação à demora no cumprimento de uma outra resolução, que determinava a utilização do diesel S-50, que reduz em 90% a poluição emitida pelos veículos, a partir de janeiro de 2009. O diesel S-10 é ainda menos poluente.

Minc afirmou ainda que está em estudo um Plano Nacional de Qualidade do Ar no qual será obrigatório a vistoria de todos os veículos em circulação no país. Segundo ele, o objetivo é garantir a redução dos poluentes no ar. O ministro não disse quando a medida deverá ser colocada em prática.

O ministro disse também que em breve será lançada uma nova campanha nacional para preservação do clima e do ar. Segundo Minc, a campanha vai envolver “pulmão, clima e bolso”. Mas ele não detalhou a campanha. (Fonte: Renata Giraldi/ Folha Online)