A Funasa é um reduto conhecido de peemedebistas, que ocupam desde gabinetes em Brasília até pequenos escritórios da Funasa instalados em cidades do interior. O presidente da Funasa, Danilo Forte, apadrinhado do ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), indicou o tom da reação. Ele disse que se o ministro está descontente é só demiti-lo e emendou: todos os seus atos na direção da Funasa foram feitos com o conhecimento – e concordância – de Temporão.
O ataque de Temporão ocorreu durante uma reunião do Conselho Nacional de Saúde para debater a proposta para transferência do controle do programa de saúde indígena da Funasa para a nova secretaria do ministério, de Atenção Primária e Promoção da Saúde, cuja criação está em análise no Congresso.
Mais tarde, numa nova reunião realizada com índios – e sentado ao lado do presidente da Funasa – Temporão foi questionado sobre as referências, feitas pela manhã, sobre o “antro de corrupção”. O ministro justificou que suas declarações referiam-se a gestões passadas. E disse também que a falta de qualidade era uma questão específica, que deveria ser tratada internamente. (Fonte: Lígia Formenti/ Estadão Online)