Um estudo realizado por pesquisadores canadenses sugere que o mais antigo ancestral da vida na Terra (LUCA, sigla em inglês) era composto por ácido ribonucleico (RNA) e não pelo ácido desoxirribonucleico (DNA), que faz parte dos seres vivos hoje em dia. As descobertas sobre esse ancestral de 3,8 milhões de anos podem ajudar a explicar a composição dos primeiros seres vivos terrestres.
Segundo os pesquisadores, como o RNA é sensível ao calor, o LUCA não poderia viver nas altas temperaturas que caracterizavam o planeta na época. A teoria que explicaria a origem do seres vivos diz que LUCA teria encontrado um microclima mais ameno para se desenvolver. Apenas quando seus descendentes adquiram o DNA de um vírus, que substituiu o RNA, foi possível sair do microclima, se diversificar e se desenvolver em temperaturas mais altas.
Durante o estudo, a equipe de pesquisadores comparou as informações genéticas dos organismos modernos para caracterizar o LUCA. Eles analisaram traços genéticos comuns entre animais, plantas e bactérias, que foram utilizados para criar uma árvore da vida.
A pesquisa reuniu pesquisadores da Universidade de Montreal e das universidades francesas de Lyon e Montpellier. O artigo foi publicado na revista Nature.
(Fonte: JB Online)