A temperatura média mundial de 2009 deverá ficar 0,4 grau Celsius acima da média de longo prazo, apesar do resfriamento contínuo de grandes áreas do Oceano Pacífico, um fenômeno conhecido com La Niña.
Portanto, seria o ano mais quente desde 2005, de acordo com os pesquisadores do Met Office, que também disseram que há uma probabilidade crescente de temperaturas recordes depois do ano que vem.
Atualmente, o ano mais quente já registrado foi 1998, que teve temperaturas médias de 14,52 graus Celsius – bem acima da média de longo prazo entre 1961 e 1990 de 14 graus Celsius.
O calor daquele ano foi fortemente influenciado pelo El Niño, um aquecimento anormal da superfície do oceano no Pacífico tropical.
Existem inúmeras teorias sobre os mecanismos que causam El Niños e La Niñas, mas os cientistas concordam que esses fenômenos desempenham um papel cada vez mais importante nos padrões do clima do planeta.
A força dos ventos que sopram do leste para o oeste em todo o Pacífico equatorial é visto como um fator importante.
“O aquecimento em níveis recordes se torna provável quando um El Niño moderado se desenvolve”, disse o professor Chris Folland, do Met Office. “Fenômenos como o El Niño e a La Niña tem uma influência significativa na temperatura de superfície mundial.”
O professor Phil Jones, diretor de pesquisa climática da Universidade de East Anglia, disse que o aquecimento global não foi embora, a despeito do fato que em 2009, como em 2008, recordes não serão quebrados.
“O que importa é a taxa de aquecimento fundamental”, disse ele.
Ele observou que a temperatura média entre 2001 e 2007 foi de 14,44 graus Celsius, 0,21 grau Celsius mais quente que os valores correspondentes entre 1991 e 2000. (Fonte: Estadão Online)