Secretaria de Saúde afasta risco de epidemia de febre amarela no Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul está em estado de alerta por causa da febre amarela. Um homem de 28 anos, morador de Nova Santa Rita, na região metropolitana de Porto Alegre, e uma mulher de 31 anos, moradora de Santo Ângelo, região noroeste do estado, morreram depois de infectados pela doença transmitida por dois tipos de mosquito silvestre encontrados em matas próximas a rios, lagos e córregos.

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul informou que mais de 1 milhão de vacinas já foram distribuídas para 109 municípios que ficam na área de risco – regiões central e noroeste do estado. Devem ser vacinados os moradores e viajantes (veranistas e pescadores) que se destinem a essas áreas.

De acordo com o secretário de Saúde, Osmar Terra, a meta é imunizar 1,50 milhão de pessoas, o equivalente a 15% da população do Rio Grande do Sul. Conforme o secretário, que está em Santo Ângelo, “não deverá haver epidemia” e “há vacina para todo mundo, produzida pela Fiocruz”. Ele informou que foram feitas vacinações preventivas no ano passado e também nos anos de 2003 e 2002. A vacina garante imunização por dez anos.

Uma equipe de 15 pessoas do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul está percorrendo as áreas onde possa haver risco de contágio para fazer um diagnóstico da situação.

Não devem ser vacinados bebês com menos de 9 meses, portadores do HIV/Aids, pessoas com infecção e em tratamento de câncer, pois estão com baixa imunidade. Também não devem se vacinar as pessoas alérgicas à proteína de ovo, que é usado na produção do medicamento.

A vacina contra febre amarela pode gerar efeitos colaterais como febre, mal-estar e até encefalite (inflamação no cérebro). Quem tomou a vacina nos últimos dez anos não precisa de nova imunização.

São sintomas da doença febre alta, calafrios, dor de cabeça, vômito, diarréia e dor muscular. O infectado pode ainda apresentar hemorragias e icterícia (daí o nome “febre amarela”). Segundo o site do médico Dráuzio Varella (http://drauziovarella.ig.com.br), a doença pode afetar rins, fígado, pulmão e até o coração, e levar à morte.

A população do Rio Grande do Sul pode obter outras informações sobre a febre amarela e a vacinação contra a doença por telefone, no número 150 da Secretaria de Saúde. (Fonte: Gilberto Costa/ Agência Brasil)