“Eu tenho participado desses fóruns internacionais e infelizmente o mundo ainda está longe de um acordo. Não é evidente que, em dezembro, em Copenhague, tudo se acerte. Há ainda um apartheid climático, separando os países pobres dos países ricos”, afirmou.
Minc afirmou que a situação do aquecimento global já é muito grave e que, mesmo se todos fizerem o “dever de casa”, a temperatura do planeta aumentará 2 graus centígrados até o fim do século. Se algo não for feito, acrescentou o ministro, a situação pode ser até pior. Ele disse, no entanto, que o Brasil pode ter um papel importante de “ponte” nessas negociações.
O ministro participou no Rio, do evento Hora do Planeta, em que quatro dos principais pontos turísticos do Rio de Janeiro tiveram suas luzes apagadas por uma hora na noite deste sábado. As luzes do Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Orla de Copacabana e Parque do Flamengo (na região conhecida como Aterro) foram apagadas às 20h30, como parte do evento mundial, realizado pela organização não-governamental WWF, que mobilizou quase 4 mil cidades em todo o mundo, sendo cerca de 100 no Brasil.
Na solenidade, no Jockey Club do Rio de Janeiro, Minc disse esperar que a campanha sensibilize as pessoas sobre o aquecimento global. “Esse apagar de luzes significa um acender de uma consciência. A idéia é que todos nós podemos fazer alguma coisa. Quando você regula o motor do seu carro, você está emitindo menos poluição, quando você faz reciclagem, de papel ou de lata, você está diminuindo o gasto de energia, porque está transformando lixo em nova matéria-prima”, afirmou o ministro.
Além do Rio, participaram do evento capitais como São Paulo, Brasília, Manaus, Belo Horizonte, Curitiba, Belém e Porto Alegre. (Fonte: Vitor Abdala/ Agência Brasil)