Um grupo técnico desenhou um mapa com as regiões onde pode ocorrer a restauração. Solos com pouco potencial agrícola ou às margens de rios receberam prioridade, pois presume-se que não será difícil convencer agricultores e pecuaristas a reflorestar tais áreas. “Temos solos de baixa produtividade que geram apenas R$ 200 por hectare”, explica Ricardo Ribeiro Rodrigues, pesquisador do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (Lerf) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP) e um dos responsáveis pelo estudo. “Com manejo adequado, seria possível obter R$ 1.500 por hectare de floresta restaurada.”
Miguel Calmon, coordenador-geral do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, afirma que a iniciativa não apontará infratores do Código Florestal, que desmataram além do permitido. “Não queremos uma caça às bruxas”, diz Calmon. “Queremos mostrar que vale a pena para o agricultor recuperar a mata.” Um livro organizado por pesquisadores do Lerf reúne o conhecimento necessário para restaurar a mata. Calmon explica que o financiamento das iniciativas não virá de filantropia. (Fonte: Estadão Online)