No cargo desde fevereiro último, Silva é o segundo a ocupar a chefia da Funai no estado, desde que o ex-titular Claudionor Miranda foi afastado, depois que uma sindicância apontou irregularidades em sua administração, em novembro do ano passado.
Segundo ele, os índios estão impacientes por causa da falta de definição de um novo titular. “Como estava demorando (a nomeação de um chefe titular) as lideranças resolveram cobrar”, afirmou Da Silva.
De acordo com Silva, não houve violência durante a ocupação, e os funcionários deixaram o prédio para evitar confrontos com os indígenas.
As lideranças entraram em contato com a sede da Funai em Brasília e pretendem enviar um documento com as reivindicações do grupo.
Os índios realizaram outra ocupação em abril para pedir exoneração do chefe de área, responsável por atuar diretamente dentro da comunidade.
O Mato Grosso do Sul foi apontado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) como o estado com maior índice de violência contra indígenas. De acordo com o relatório da entidade, dos 60 assassinatos cometidos contra índios no ano passado, 42 ocorreram no estado. (Fonte: Daniel Mello/ Agência Brasil)