Na última quarta-feira (27), o ministro chamou os parlamentares do setor de “vigaristas”, ao discursar para agricultores familiares que marchavam em frente ao Congresso Nacional.
Minc diz que entende a situação como uma reação à parceria que o ministério está construindo com os agricultores familiares. “Isso é um equívoco, na verdade, trata-se de uma questão política. Eles estão reagindo porque eu trouxe para o lado da ecologia uma base importante que, por omissão nossa, acabou correndo para o lado do agronegócio, contra o código florestal”, afirmou o ministro, depois de participar, no Rio de Janeiro, de uma reunião de trabalho do Comitê Orientador do Fundo Amazônia.
Ele disse que não quer polemizar os fatos e que “desculpa previamente” as declarações dos líderes ruralistas, algumas carregadas de “destempero, truculência e agressividade”.
Segundo o ministro, ele apenas alertou os agricultores familiares contra o “canto da sereia” dos grandes produtores, que estavam “aterrorizando” os pequenos agricultores para jogá-los contra a legislação ambiental.
“Pode ter havido um ou outro excesso, mas não mencionei ninguém, não desqualifiquei ninguém, não usei palavras de baixo calão. Isso não vai me abater porque eu sou casca grossa, tenho experiência parlamentar e sei o que quero”, disse, sobre a reação dos líderes ruralistas ao seu discurso para os agricultores familiares.
Ainda durante o evento, o ministro afirmou que sua pasta saiu fortalecida da reunião que teve na quinta-feira (28), em Brasília, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Minc disse, que, na ocasião, reclamou da falta de apoio de alguns ministérios e alegou que a pasta sob seu comando estaria sofrendo “problemas de sustentabilidade”.
“Essa reunião foi um ponto de inflexão, um marco decisivo. Saí fortalecido em questões fundamentais, com o respaldo do presidente. Quem quiser que vá brigar com ele. Ele me deu força e eu a exercerei”, acrescentou. (Fonte: Agência Brasil)