“Para o Brasil, é muito importante manter a reserva estratégica do jeito que está, porque o prazo de validade da matéria-prima vai até 2016, mas, quando se transforma essa matéria-prima em comprimidos, o prazo de validade cai muito”, disse Temporão, após encontro com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
Na quinta-feira, a Farmanguinhos, unidade de fabricação de medicamentos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), entregou 150 mil caixas de remédios com dez cápsulas cada (dose suficiente para tratar um paciente). Nesta sexta-feira (31), serão entregues mais 60 mil. Segundo Temporão, o país tem uma reserva estratégica de 9 milhões de tratamentos.
Temporão lembrou que a estratégia de distribuição dos medicamentos cabe a cada estado. O Ministério da Saúde entrega os medicamentos, mas é responsabilidade dos secretários de Saúde organizar, da melhor maneira possível e com autonomia, o acesso das pessoas ao medicamento. “Cada lugar é um lugar. Em alguns lugares, podem ser feitas parcerias com hospitais privados, em outros, onde só tem hospital público, é hospital público”, afirmou o ministro.
Segundo ele, o Tamiflu é indicado apenas para casos graves. “O importante é que todas as pessoas que se enquadram no protocolo tenham acesso ao medicamento. Não é para todo mundo. É uma medida importante para impedir que o vírus (Influenza H1N1) desenvolva resistência e nós não tenhamos a arma que no momento é a mais poderosa, que é o antiviral”, disse Temporão.
O ministro ressaltou que mais de 99% dos casos evoluem de maneira “tranquila e benigna”. (Fonte: Mylena Fiori/ Agência Brasil)