As aves são mantidas em um viveiro improvisado pelo Ibama. São 140 galos de briga que foram apreendidos em uma rinha na zona rural de Teresina. Muitos animais estão mutilados, cegos e com ferimentos na cabeça e no corpo.
Na rinha, os fiscais encontraram diversos tipos de medicamentos, antibióticos e anabolizantes que eram injetados nas aves.
Durante a operação, também foi apreendida carne de tatu. Uma parte já estava cozida e seria consumida pelos apostadores durante a competição.
Sem ter local adequado para manter os galos de briga por muito tempo, o Ibama tomou uma decisão polêmica: resolveu abater e incinerar todas as aves.
“Depois da apreensão e pela constatação pela equipe de veterinários do Ibama de que os animais consumiram anabolizantes e antibióticos, a intenção é levar a um matadouro credenciado pelo Ministério da Agricultura, fazer o abate e a incineração”, explicou Edimilson Rodrigues, coordenador de fiscalização do Ibama.
A Associação Piauiense de Proteção e Amor aos Animais reagiu à matança dos galos. A entidade defende a doação das aves para outros criadores, longe das rinhas.
Os donos dos animais que haviam fugido durante a operação reapareceram. Eles entraram na Justiça para receber as aves de volta, alegando que os galos não são usados em briga. “São entre 40 e 50 donos de animais. E são animais de exposição. Estamos criando primeiramente para expor”, disse o advogado Marcos Vinícius Brito.
A Justiça Federal suspendeu o sacrifício das aves até que o Ibama apresente informações sobre o caso. (Fonte: G1)