A descoberta foi descrita na edição de 21 de agosto da revista Science, em trabalho coordenado por Karen Osborn, do Instituto de Oceanografia Scripps na Universidade da Califórnia em San Diego.
Pertencentes ao filo dos anelídeos (Annelida), as sete espécies medem entre 1,8 e 9,3 centímetros de comprimento. Foram encontradas com a ajuda de veículos operados remotamente em profundezas de 1,8 mil a 3,7 mil metros.
No artigo, os autores fazem a descrição de uma das espécies, à qual deram o nome de Swima bombiviridis, por causa da capacidade de nadar e da presença de “bombas verdes”, estruturas cheias de fluido que, ao serem liberadas, produzem luz por vários segundos.
Segundo os pesquisadores, um aspecto notável na descoberta é que não se trata de criaturas raras. Rara é apenas a oportunidade de observar e de coletar tais animais, como foi feito no estudo.
“Encontramos um grupo completamente novo de animais relativamente grandes e extraordinários. Mas não são animais raros. Pudemos observar com frequência centenas deles juntos”, disse Karen. Os vermes são transparentes, com exceção de sua área abdominal.
“As profundezas entre 1 mil e 4 mil metros formam o hábitat menos explorado da Terra. Com pouco tempo de uso de veículos submersíveis e apenas na costa da Califórnia, conseguimos descobrir sete novas espécies. Isso mostra o quanto ainda temos pela frente para encontrar”, disse Greg Rouse, também do Instituto Scripps e autor do estudo.
O artigo Deep-sea, swimming worms with luminescent “bombs”, de Karen Osborn e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org. (Fonte: Agência Fapesp)