ONGs, sindicatos, grupos religiosos, cientistas e ativistas do combate à pobreza, entre outros, se juntaram para pressionar por medidas contra a emissão de gases do efeito estufa. Eles dizem representar dezenas de milhões de pessoas.
“O tempo está se esgotando,” disse Kumi Naidoo, que preside a campanha “TckTckTck” da Campanha Global pela Ação Climática. O nome se refere ao som de um relógio fazendo a contagem regressiva para a reunião da ONU.
A campanha inclui ações como comícios e anúncios online para mostrar, por exemplo, como as pessoas nos países em desenvolvimento já estão sofrendo por causa do aquecimento global, e como um investimento em empregos ambientalmente corretos poderia ajudar no combate à recessão mundial.
A reunião de Copenhague vai começar em 7 de dezembro e irá durar duas semanas. O objetivo será definir um tratado que substitua o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
Cientistas dizem que a mudança climática, provocada principalmente pela poluição de origem humana, irá causar secas, inundações, elevação do nível dos mares, ondas de calor e epidemias, entre outras consequências.
“Estamos profundamente ansiosos com o fato de que as negociações não estão onde deveriam,” disse Naidoo à Reuters por telefone da África do Sul. Em nota, a TckTckTck se apresentou como “a maior campanha sobre a mudança climática que já houve.”
Naidoo defendeu um “enorme impulso dos homens, mulheres e jovens comuns nos cem dias restantes” até o encontro de Copenhague. Nesse período, ainda haverá reuniões preparatórias em Bangcoc e Barcelona.
A campanha já realizou alguns eventos, como a instalação de um ruidoso relógio fazendo “tic” num hotel em Bonn, onde negociadores climáticos de 180 países se reuniram em junho. A sexta-feira, no entanto, marca o início oficial da campanha.
Entre os participantes estão as entidades Greenpeace, WWF, Christian AID, Oxfam, Conferência Mundial de Religiões pela Paz, União de Cientistas Preocupados, Unicef, uma coalizão internacional de sindicatos e um grupo dirigido pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan. (Fonte: Estadão Online)