Umas das estratégias do governo, aplicada em Rondônia este mês, e que deverá ser estendida para outros estados da Amazônia é o aumento do controle sobre os documentos de manejo florestal. Em setembro, os agentes de fiscalização bloquearam 43 planos de manejo “piratas” por meio do Documento de Origem Florestal (DOF), sistema online que rastreia a origem e o destino da madeira retirada em áreas de manejo.
“Muitas vezes esse planos são fantasmas ou sobrepostos a planos que já existem. O manejo pode ser tanto uma boa solução para a exploração madeireira quanto um buraco negro para esquentar madeira ilegal”, comparou Minc.
Os planos de manejo são autorizados pelos órgãos ambientais dos estados. No entanto, segundo Minc, a ideia não é criar uma guerra entre o governo federal e as secretarias estaduais. “Não é nosso objetivo colocar ninguém na fogueira. Até porque o problema é sistêmico. Os órgãos não têm infraestrutura, as pessoas trabalham sob pressão.”
De acordo com o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo, um dos principais focos da repressão ao desmatamento ilegal tem sido a “descapitalização” dos infratores. De janeiro a outubro, foram apreendidos 399 caminhões, 71 tratores e foram fechadas 233 serrarias. “A estratégia é desmontar toda a estrutura das serrarias”, acrescentou.
Em setembro, o Inpe registrou 400 quilômetros quadrados (km²) de desmatamento na Amazônia, 31,8% menos que no mesmo mês de 2008. De janeiro a setembro deste ano, o desmate acumulado é de 2.855 km². Em relação ao mesmo período de 2008 houve redução de 54%. (Fonte: Luana Lourenço/ Agência Brasil)