Segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, que participou da cerimônia de assinatura dos acordos, como o clima do Irã é semelhante ao do Semiárido brasileiro, os iranianos querem a colaboração da Embrapa, que poderá ajudá-los.
Stephanes disse que os iranianos também estão interessados no plantio de laranja em seu país e querem usar pesquisas avançadas que os cientistas brasileiros já desenvolvem na área. Nos dez primeiros meses deste ano, o Brasil exportou para o Irã US$ 846 milhões em produtos do agronegócio e importou US$ 2 milhões, o que deve gerar, até o final do ano, um saldo comercial de aproximadamente US$ 1 bilhão para os país. “É um mercado muito bom, que não tem nos criado problema e tem potencial de expansão”, afirmou o ministro à Agência Brasil.
De acordo com o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, a participação do agronegócio brasileiro entre as importações iranianas é grande. Ele disse que os últimos dados computados são de 2007 e mostram que 63% do óleo de soja, 80% do milho, 88% da carne bovina, 96% do açúcar e mais de 99% da carne de frango consumidos pelos iranianos são produzidos no Brasil. Do total que o Irã compra do Brasil, 80% são produtos do agronegócio.
Porto disse que a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) está preparando uma missão comercial ao Irã em março do próximo ano. Segundo ele, existe interesse em mais investimentos iranianos no agronegócio brasileiro.
“Eles podem trazer fábricas e máquinas para processar alimentos aqui, antes de serem exportados para o Irã e Também pode haver troca de fertilizantes nitrogenados, que temos que importar e eles têm, por grãos brasileiros”, afirmou o secretário. (Fonte: Agência Brasil)