Em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, Minc disse que manifestou uma posição contrária à construção da rodovia, mas que o governo decidiu pela obra. “Acho que uma ferrovia seria mais interessante, porque não abriria estradas vicinais, a chamada espinha de peixe. O governo decidiu fazer a estrada, então fizemos uma série de exigências ambientais e eu disse que se elas todas não fossem cumpridas, a licença não sairia. A questão continua no mesmo pé”, afrmou.
Segundo Minc, os compromissos internacionais de redução de emissões de gases de efeito estufa que o Brasil levará à 15° Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), em Copenhague, reforçam a necessidade de exigências para evitar o aumento do desmate na região.
O ministro também comentou outro licenciamento ambiental polêmico, o da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), mas minimizou a pressão que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vem recebendo para autorizar a obra.
“Não é só com Belo Monte. Houve a mesma discussão com as usinas do Madeira, com as usinas do Tapajós. Mesma uma hidrelétrica com o melhor critério, que inunde uma área pequena, sempre vai haver uma população local que é contra, um ambientalista que é contra”, afirmou.
Minc falou sobre a expectativa para a COP-15, que começa na próxima segunda-feira (7). Ele disse que está mais otimista com os possíveis resultados da reunião, e que o Brasil influenciou de forma positiva outros países a anunciarem metas de redução de emissões de gases de efeito estufa.
Durante o programa, o ministro reafirmou a sua posição favorável à reformulação da política antidrogas. “Defendemos uma política preventiva, para que a questão seja tratada como questão de saúde pública para os usuários e dependentes”. (Fonte: Folha Online)