“Temos que trabalhar juntos e de maneira construtiva, enquanto os países trocam acusações nos meios de comunicação sobre a responsabilidade do que ocorreu” em Copenhague. “Estes mesmos países terão que voltar à mesa de negociação no próximo ano e trabalhar juntos”.
“Todas estas acusações e recriminações são ruins para a atmosfera, ruins para as relações entre pessoas que têm como objetivo comum fazer avançar” as negociações.
De Boer não citou qualquer país em particular, mas decidiu conceder a entrevista após a troca de acusações entre Grã-Bretanha e China, e entre Brasil e Estados Unidos.
Já a Suécia, que atualmente preside a União Europeia, qualificou a conferência de “catástrofe”, e colocou a culpa na falta de vontade de Estados Unidos e China.
“Não deveríamos pretender que fosse nada além do que é, um acordo de orientação, que pode nos ajudar em novas negociações”, opinou De Boer sobre os resultados de Copenhague.
O acordo, costurado por Estados Unidos, China, Brasil, África do Sul e os grandes estados europeus, promete 100 bilhões de dólares de ajuda aos países pobres para enfrentar o aquecimento global, e traz um compromisso para limitar o aumento da temperatura global a dois graus.
Um tratado vinculante é esperado para o final de 2010, no México, enquanto Bonn (Alemanha) acolherá uma conferência de seguimento, em seis meses.
O objetivo é que o futuro tratado sobre o clima entre em vigor em 2013, após a expiração do Protocolo de Kyoto. (Fonte: Yahoo!)