O réptil descoberto é da família dos alvarezsaurídeos, um grupo semelhante às aves, mas que não se transformou nelas. A novidade é que o H. sollers é 63 milhões de anos mais velho que os seus familiares conhecidos. “É como encontrar um parente perdido há muito tempo”, compara o cientista Jonah Choiniere, da Universidade George Washington, nos EUA, em entrevista ao G1.
Com a descoberta, publicada na revista “Science”, o fóssil se torna o ancião dos alvarezsaurídeos, e por consequência o bicho de sua família mais próximo do grupo maniraptora, o ramo evolutivo dos dinossauros que inclui as aves.
A reconstituição feita pelos cientistas mostra que o H. sollers era parecido com um avestruz, mas com um rabo comprido. O bicho viveu há cerca de 160 milhões de anos, no período jurássico superior, e tinha entre 190 e 230 centímetros de comprimento. No lugar do bico, levava pelo menos trinta pequenos dentes presos aos maxilares.
Parente argentino – A característica mais marcante da dos alvarezsaurídeos era a presença de uma garra única em cada mão, que era usada provavelmente para cavar. No H. sollers, é diferente. Ele tinha três dedos, com uma pequena garra na ponta de cada um. Os cientistas sugerem que, ao longo do tempo, esses dedos se fundiram em uma só garra gigante.
Parentes do dinossauro encontrado na China viveram próximos ao Brasil. “Conhecemos alguns alvarezsaurídeos na Argentina. O nome deles é ‘Patagonykus’ and ‘Alvarezsaurus’”, conta Choiniere. Assim como os outros parentes, os argentinos eram menores que o H. sollers, sugerindo que os animais foram diminuindo ao longo do tempo. (Fonte: G1)