A dengue, explica a secretaria, é uma doença cíclica e, a cada dois anos, a incidência aumenta. Além disso, a despreocupação da população com os cuidados necessários também contribui para o aumento dos casos, já que 80% dos focos estão em dentro das casas.
O município de Guarujá, no litoral de São Paulo, tem 130 casos de dengue confirmados e, de acordo com informações da prefeitura, há mais 700 em análise no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Para combater a doença, a prefeitura escalou 11 agentes municipais que farão visitas domiciliares na cidade e contratou 61 médicos socorristas.
A Secretaria de Saúde de Ribeirão Preto, no interior do estado, informou que foram confirmados 1.330 casos de dengue no município. A chefe da Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto, Ana Alice de Castro e Silva, atribui o surgimento de tantos casos às altas temperaturas e às chuvas intensas que caracterizam o clima do município.
“As pessoas aplicam o inseticida, mas, com a chuva, não fica o residual. Como as pessoas trabalham, não há tempo para reaplicar (o inseticida) com frequência. Já temos os três tipos de vírus circulando no Brasil. Em Ribeirão Preto, temos histórico de dengue há 20 anos”, disse Ana Alice.
Os focos principais, diz ela, são os materiais recicláveis que las pessoas costumam armazenar no fundo do quintal em áreas desprotegidas. Em São José do Rio Preto, os casos registrados desde janeiro somam 3.596.
Em Campinas, desde janeiro, foram registrados 30 casos, contra 23 no mesmo período do ano passado, informou o médico sanitarista e técnico da Coordenaria de Vigilância Sanitária do município, André Ricardo Ribas Freitas. Segundo ele, em Campinas, houve aumento, mas ainda dentro da faixa do esperado.
“No estado todo está havendo aumento do número de casos”, afirmou o médico. (Fonte: Agência Brasil)