“Eu acho que isso vai provavelmente levar mais dois anos”, afirmou o secretário-executivo, em uma de suas primeiras entrevistas depois de ter anunciado, na última quinta-feira, que deixará o cargo em junho para trabalhar numa consultoria privada.
Segundo De Boer, a cúpula do clima de Copenhague, que terminou em dezembro com uma mera declaração política em vez de um acordo, foi “um retrocesso de um ano”.
Motivo para demissão – O diplomata holandês defende como politicamente importante o resultado de Copenhague, por ter trazido a mudança climática para o topo da agenda mundial.
Mas também afirmou que o encontro não produziu o resultado esperado – e que essa é uma das razões de sua saída. Disse também que a conferência no México, a COP-16, servirá para recuperar o tempo perdido.
“Precisamos fazer em Cancún o que não conseguimos fazer em Copenhague: criar uma arquitetura para implementação sob a convenção e acordar um segundo período de compromisso para o Protocolo de Kyoto. Então, no encontro subsequente, daqui a dois anos, na África do Sul, será possível concluir um novo instrumento legal.” (Fonte: Folha Online)