Segundo os pesquisadores, após cerca de 4 anos de uso, um tipo de medicação para osteoporose poderia estar associada a um tipo especifico de fratura do fêmur – apesar de aumentar a densidade dos ossos em um primeiro momento.
Os bifosfonatos são remédios utilizados em larga escala no mundo todo e com sucesso na reversão e no controle da osteoporose.
O que a pesquisa demonstra é que após alguns anos, eles realmente melhoram os parâmetros analisados de densidade e quantidade do cálcio depositada nos ossos. Mas o fêmur, o osso longo da perna, estaria mais exposto a um tipo específico e mais raro de fratura.
As fraturas do fêmur mais comuns ocorrem por conta de quedas e traumatismos na região do quadril. As fraturas geralmente acontecem na região mais superior do fêmur, próximas à articulação do quadril. O tratamento, na grande maioria dos casos, é cirúrgico.
As fraturas associadas ao uso dos bifosfonatos aconteceriam relacionadas a eventos de pouca força ou até mesmo sem queda, somente por fragilizacão da camada mais externa do osso.
A teoria apresentada é apoiada pela análise do volume total de cálcio depositado no osso. O que – apesar de não afetar a resistência vertical dos ossos – poderia facilitar o colapso da camada mais externa do fêmur, a chamada córtex do osso.
A agência federal de medicamentos norte-americana, o FDA, está acompanhando a pesquisa e emitiu um comunicado reforçando que até o momento não existem evidências de risco de fratura ligado ao uso dos bifosfonatos, que continuam sendo medicamentos indicados no tratamento da osteoporose.
Um grupo de especialistas foi convocado pelo FDA para avaliar os dados do estudo apresentado e deverá se pronunciar novamente sobre o tema.
Para os pacientes que usam esses remédios, a indicação é de que continuem seu tratamento. Se não adequadamente tratada, a osteoporose é fator de risco para fraturas graves dos ossos.
Essas fraturas podem levar à necessidade de cirurgias e períodos de diminuição de mobilidade, aumentando a mortalidade precoce. (Fonte: G1)