Os pesquisadores do instituto calculam que no ano passado a China investiu cerca de R$ 62 bilhões em energias limpas, quase o dobro da cifra direcionada pelos Estados Unidos, onde os investimentos caíram em 40% de 2008 para 2009.
O Brasil ficou em quinto lugar na lista entre os países do G20, tendo investido aproximadamente R$ 13,2 bilhões, atrás apenas de China, EUA, Grã-Bretanha e Espanha. O crescimento mais espetacular ocorreu na Coreia do Sul, onde a capacidade instalada cresceu 250% nos últimos cinco anos.
Apesar da crise econômica, globalmente os investimentos no setor mais do que dobraram nos últimos cinco anos, indicou o Pew.
“Mesmo em meio a uma recessão global, o mercado de energia limpa passou por um crescimento impressionante”, afirmou à BBC Phyllis Cuttino, diretora da campanha sobre mudanças climáticas da instituição. “Os países sabem que o investimento neste setor pode renovar suas bases manufatureiras e criar oportunidades de exportação, empregos e negócios.”
Revés – A indústria de energia renovável na China não está nem perto de atingir os combustíveis fósseis, que representam dois terços de toda energia produzida no país mais populoso do mundo.
Até agora, as renováveis respondem por uma pequena parcela da energia consumida no país, embora a sua meta seja adquirir 15% de sua energia de fontes limpas até 2020.
“O governo tomou a decisão estratégica de que diversificar suas fontes de energia deveria ser uma prioridade nacional”, comentou Steve Sawyer, secretário-geral do Conselho Global de Energia Eólica. “A China agora é líder na fabricação de células fotovoltaicas (de energia solar), além de fabricar mais turbinas eólicas do que qualquer outro país no mundo.”
Vento – A energia eólica foi o setor dominante na maioria dos países que realizaram altos investimentos em energias renováveis, com exceção da Espanha, Alemanha e Itália, onde a energia solar foi a campeã de investimentos.
De um modo geral, o investimento da Espanha caiu em consequência da recessão depois de vários anos de rápido crescimento, motivado pelo desejo de diminuir as emissões dos gases causadores do efeito estufa para atingir as metas estabelecidas no Protocolo de Kyoto.
O Pew baseou sua análise nos dados da Bloomberg New Energy Finance, o grupo internacional de consultoria e análise. (Fonte: JB Online)