O número de casos autóctones (cuja infecção ocorreu no próprio estado) de dengue no Paraná passou de 806 em fevereiro para 4.492 em março, o que leva a Secretaria da Saúde a intensificar o alerta à população para que continue atenta aos criadouros do mosquito nas residências. Uma pessoa morreu.
O Programa de Controle da Dengue constatou que 98% dos criadouros do mosquito transmissor da doença estão nas residências. De acordo com o serviço de epidemiologia, o estado ainda não é considerado em situação de epidemia, mas o quadro é preocupante. São 4.797 casos confirmados, sendo 4.492 casos autóctones e 305 importados.
Dos 399 municípios do Paraná, 102 apresentam casos autóctones. O maior registro de casos da doença ocorreu na região de Foz do Iguaçu (1.712 autóctones), seguida pela região de Maringá (1.131 autóctones).
Em Curitiba, a Secretaria Municipal de Saúde lançou o projeto Agente Master, a nova estratégia de combate à dengue. Cerca de 3 mil idosos atendidos por programas sociais e de saúde oferecidos pela prefeitura vão participar de uma gincana que, até 12 de junho, combinará atividades físicas, culturais, de lazer e de educação em saúde relacionadas à dengue e desenvolvidas para o público idoso. A secretaria acredita que a participação dos idosos como multiplicadores de informação vai ampliar o esforço para o combate à doença.
Em todo o estado, as ações se multiplicam. A Secretaria de Saúde distribuiu 7 milhões de panfletos e cartazes com informações sobre prevenção e sintomas da dengue desde o início do verão. Em todos os programas desenvolvidos há a participação das secretarias municipais de Saúde, da secretaria estadual e das secretarias municipais de Educação, das associações de moradores, clubes de serviço e igrejas e ainda da iniciativa privada para atingir diferentes públicos.
Muitos municípios estão aplicando o fumacê, equipamento que fica na parte traseira de uma caminhonete e emite partículas mínimas de veneno que não prejudicam a saúde da população. Atualmente, 263 municípios considerados como infestados fazem periodicamente os levantamentos do Índice de Infestação Predial (IPP).
Dados da secretaria mostram que no mês de março, 71 desses municípios apresentaram IPP igual ou superior a 4% e 94 municípios apresentaram índice de 1% a 4%, quando o recomendado pelas autoridades sanitárias é menor que 1%. (Fonte: Lúcia Nórcio/ Agência Brasil)