A Operação Delta apreendeu cerca de 4 mil m3 de madeira ilegalmente extraída da floresta amazônica no pátio de grandes empresas instaladas no pólo madeireiro de Belém, o maior do Pará. Essa quantidade equivale a aproximadamente 160 caminhões cheios. Além da apreensão do produto, o Ibama aplicou R$ 21,5 milhões em multas. A operação, que conta com 370 homens e é a maior já organizada no país para combater crimes ambientais, deverá durar mais nove dias.
Durante a ação, a Polícia Federal cumpriu 15 mandatos de busca e apreensão. Também apreendeu cinco armas e prendeu uma pessoa por porte ilegal. Desde o início da Operação Delta, na segunda-feira, 62 madeireiras começaram a ser fiscalizadas por equipes do Ibama, com a participação da Polícia Federal, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e Força Nacional. Entre elas estão 15 grandes empreendimentos identificados durante a fase de investigação da operação, que durou cinco meses, como os que mais praticam irregularidades no comércio de madeira no Pará.
Três das empresas fiscalizadas esta semana foram embargadas. Além de perderem as cargas, avaliadas em cerca de R$ 600 mil, as empresas envolvidas na exportação irregular foram multadas em R$ 60 mil pelo Ibama. Cerca de 280 m3 de madeira pronta para exportação, o equivalente a aproximadamente 11 caminhões cheios. Dos 23 contêineres fiscalizados, 16 acabaram apreendidos por fraude na Guia Florestal (GF), documento que deve acompanhar no estado do Pará todo produto da flora nativa brasileira. Entre eles havia 60 m3 de mogno, árvore ameaçada de extinção e protegida por lei.
Boa parte da madeira extraída ilegalmente da floresta amazônica seria enviada como se fosse resíduo florestal para países da Europa, como Espanha, França e Dinamarca. Todo o material aprendido será doado para obras sociais.
(Fonte: JB Online / Portal Terra)