O poderoso terremoto que sacudiu o Chile em fevereiro passado liberou a maior parte da tensão acumulada durante cerca de 200 anos ao longo da falha onde duas placas tectônicas colidiram. Isso torna muito improvável que um novo tremor de intensidade similar ocorra, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (29) na revista Science.
Cientistas chilenos, alemães e franceses, chefiados pelo geólogo Marcelo Farías, da Universidade do Chile, chegaram a esta conclusão após medir quanto se levantou ou deprimiu o terreno em 24 locais ao longo da costa chilena e em nove locais terra adentro.
Ele descobriram que o terremoto de magnitude 8,8 empurrou cerca de 1,5 metros sobre a costa, causando o afundamento de áreas interiores e moveu a linha da costa para o mar, segundo o estudo.
O terremoto de fevereiro foi o quinto mais forte desde que se mede a intensidade destes fenômenos.
Ele provocou uma tsunami que arrasou cidades inteiras e matou 521 pessoas. Calcula-se que os danos que provocou tenham chegado aos US$ 30 bilhões. (Fonte: Folha.com)