Apesar do notório racha entre os maiores emissores de carbono, uma das mais importantes diplomatas da Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que um acordo pelo clima está mais próximo após os debates desta semana em Tianjin, na China. A secretária executiva da Convenção para Ações contra Mudanças Climáticas da ONU (UNFCCC), Christiana Figueres afirmou que a última etapa das discussões lançou as bases para um entendimento em Cancún, no México, em dezembro.
“Esta semana nos colocou mais perto de uma decisão do acordo que pode ser firmado em Cancún,” disse Christiana ao jornal britânico Guardian. “Entendo que haja decepção com o processo multilateral, mas este assunto não é fácil. É a maior transformação social e econômica que o mundo jamais viu.”
Diversos negociadores concordam que houve progressos nas conversas em Tianjin sobre como transferir recursos e tecnologia dos países ricos para os que estão ainda em desenvolvimento. Outro passo adiante é a maior aceitação da necessidade de que todas as partes cumpram as metas de redução nas emissões fixadas em 2009 em Copenhague.
Para isto, Europa e diversos outros participantes no protocolo de Quioto manifestaram vontade de renovar o acordo mediante condições após o fim do primeiro período do acordo em 2012. A maior parte das nações em desenvolvimento manifestaram a vontade de formalizar suas ações em um documento separado.
Apesar desta convergência entre os emissores medianos, as duas nações que mais emitem – China e os EUA – continuam a manter posições firmes nos extremos das negociações. O maior negociador dos EUA, Jonathan Pershing, disse que houve pouco progresso em questões cruciais em como medir e relatar as reduções.
“Ouvimos que deveríamos deixar as decisões mais duras para depois, mas isso não vai adiantar”, disse. “Não funciona se concentrar em coisas pequenas e não encontrar um equilíbrio que nos leve adiante.” Os EUA acusam a China de descumprimento do acordo de Copenhague.
O negociador chinês, Su Wei, rebateu: “Os EUA, seja reduzindo suas emissões ou em provendo recursos e tecnologia, não tomou qualquer atitude. Por outro lado, a China tomou suas ações.” (Fonte: Portal Terra)