Campinas diz que é remota chance de paciente ter doença da vaca louca

A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas informou nesta sexta-feira (19) que é remota a possibilidade de o homem de 58 anos internado em um hospital da cidade ter a doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), conhecida como doença da vaca louca. O caso é investigado desde sexta-feira (12).

Segundo a assessoria do órgão, a chance de o homem ter sido infectado é remota porque a doença não existe no Brasil. Embora o paciente tenha viajado para a Europa há dois anos, não há indício de que tenha ingerido carne contaminada. Além disso, segundo a secretaria, a doença normalmente tem período de incubação de pelo menos dez anos.

“Trata-se de uma doença distinta da doença conhecida popularmente como ‘mal da vaca louca’”, afirmou, em nota, o secretário municipal de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva.

Segundo o médico neurologista José Claret Silva Abreu, da Secretaria de Saúde de Campinas e do Hospital Beneficência Portuguesa, a equipe do hospital trabalha com a hipótese mais provável de que o paciente esteja com uma variante de doença priônica, neurológica, degenerativa, que afeta o sistema nervoso central.

“É uma mutação tardia que leva a alteração da estrutura de uma proteína. Acomete, na maioria dos casos, pessoas com mais de 50 anos e manifesta-se inicialmente com demência”, disse Abreu.

A Vigilância em Saúde informou ainda que “não há transmissão desta doença no Brasil e, portanto, não tem impacto na saúde pública ou impacto econômico”. (Fonte: G1)