Americanos tentam minimizar danos após nevasca e voos são retomados

Nova-iorquinos passaram esta terça-feira (28) limpando a neve com pás depois que uma das maiores nevascas da história atingiu a cidade. Milhares de viajantes presos em aeroportos finalmente começaram a embarcar em voos atrasados pela tempestade que cobriu o nordeste dos Estados Unidos um dia depois do Natal.

As ruas normalmente movimentadas da cidade estavam praticamente vazias, muitas ainda cobertas por montes de neve. O transporte público, gravemente afetado, retomava as operações regulares, depois que 50,8 cm de neve cobriram Nova York num período de 17 horas entre domingo (26) e segunda-feira (27).

Boston, Filadélfia e outras cidades da Costa do Atlântico também sofreram com nevascas e todos batalhavam para voltar ao normal depois de um feriado em que o lixo não foi recolhido, os escritórios ficaram fechados e os consumidores permaneceram em casa. Este período normalmente é o mais movimentado do ano para o comércio.

Caos nos aeroportos diminui – Com 4.500 voos cancelados ou atrasados no domingo e segunda-feira só nos três aeroportos de Nova York, dezenas de milhares de passageiros ficaram “acampados” nos terminais. As companhias aéreas devem precisar de mais um dia ou dois para dar conta de atender todos os passageiros das listas de espera.

Um avião da British Airways ficou por quase oito horas na pista do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, depois de aterrissar de um voo de Londres na terça-feira. A companhia aérea responsabilizou o congestionamento aéreo e a falta de pessoal de imigração e de alfândega.

“Depois de duas horas no controle de segurança, apenas quatro pessoas para mais de 500 passageiros, e a bagagem ainda está no avião! Mas é bom estar de volta”, publicou no Twitter o passageiro Matthew Bishop, chefe da redação de Nova York da revista britânica The Economist.

Na Filadélfia, 305 passageiros ficaram retidos e passaram a noite de segunda-feira no aeroporto. Trens de subúrbio sofreram atrasos de até 30 minutos e ônibus estavam rodando pontualmente, disse um porta-voz do serviço de trânsito.

Em Boston, dezenas de milhares de cidadãos ficaram sem energia depois de 46 cm de neve, a décima pior nevasca da cidade desde que o Serviço Nacional do Tempo começou a registrar números, em 1892.

Um cadeira caiu do cabo do teleférico no resort de esqui Sugarloaf Mountain, no Maine, hoje, ferindo oito pessoas. O resort, na segunda montanha mais alta do Maine, tinha ventos de até 63 km por hora e temperaturas de menos 11 ºC.

Moradores criticam prefeitura nova-iorquina – Como era de se esperar, nova-iorquinos reclamaram dos serviços da prefeitura, com a frota de 2.000 caminhões de limpeza de neve enfrentando os quase 10 mil km de ruas da cidade para limpar, em média, uma camada de neve com 50 cm de altura.

Com ambulâncias e ônibus atolados e muitos bairros nos distritos fora da ilha de Manhattan sem serviços de limpeza de neve, choveram acusações de que a prefeitura não se preparou para uma nevasca que foi prevista há dias. O prefeito Michael Bloomberg rebateu as críticas. “Se sua rua foi limpa, a resposta foi adequada. Se sua rua não foi limpa, não foi adequada. Gritar e reclamar sobre isso não ajuda.”

A praça da Times Square estava praticamente toda limpa em preparação para a celebração do Ano-Novo, na noite desta sexta-feira (31). (Fonte: Portal R7)