Foi realizado entre os dias 11 e 14 de dezembro o encontro “Um grito pelo Xingu”, na Terra Indígena Kapot Nhinore, localizada no extremo norte do Estado do Mato Grosso. O encontro reuniu lideranças Yudjá Juruna, Tapayuna e Mebengokre para debaterem a demarcação da Terra Indígena e a preservação do Rio Xingu e seus fluentes.
Ao final do encontro foi elaborada a carta manifesto “Um grito pelo Xingu” que reclama do descaso do poder público com a região. “Reivindicamos o direito legítimo que nossos filhos e netos têm de viver em harmonia com o meio ambiente”.
O manifesto também lembra que a Terra Indígena Kapot Nhinore aguarda a sua demarcação desde a década de 80. A ausência de uma resposta do poder público para garantir os direitos das comunidades tradicionais que vivem no local estimula a invasão de madeireiros e pescadores ilegais que degradam a floresta da região.
“O desmatamento provocado por fazendeiros, madeireiros, garimpeiros e pescadores ilegais, vêm destruindo a nossa terra, de onde tiramos nosso sustento. O Rio Xingu (Bytire, na língua Kayapó), por exemplo, sofre constante invasão de pousadas clandestinas e isso atrai milhares de pessoas, poluindo o rio e matando os animais”, explicam. (Fonte: Amazônia.org.br)