Reatores da danificada usina nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, voltaram a apresentar problemas na manhã desta terça-feira (22).
A agência Kyodo informou que vapor estava subindo do reator 2, e uma fumaça clara do 3.
A Agência de Segurança Nuclear do Japão havia relatado incidentes semelhantes na véspera, com fumaça primeiro no reator 3, e depois no 2.
O reator número 3 foi o mais afetado pelo terremoto e tsunami que devastaram o Japão no dia 11 de março e afetaram bastante a usina, que fica à beira-mar.
O teto do edifício foi completamente destruído por uma forte explosão na semana passada em consequência do acúmulo de hidrogênio.
A crise nuclear em Fukushima Daiichi foi provocada pelo colapso na refrigeração dos reatores, após o tsunami interromper o fornecimento de energia e paralisar as bombas d’água. O sistema de emergência, que utiliza geradores a diesel, também caiu.
Radiação no mar – A Tepco também informou que foram encontrados níveis mais altos que o normal de elementos radioativos na água do mar de regiões próximas à usina.
Porta-vozes da empresa disseram ter detectado uma amostra de que os níveis de iodo 131 são 126,7 vezes superiores ao limite estabelecido, enquanto os de césio 134 estão 24,8 vezes mais elevados e os de césio 137 se multiplicam por 16,5 vezes.
A empresa disse que isso não oferece risco à saúde humana, mas acrescentou que fará uma investigação sobre os frutos do mar desta região.
Por enquanto, as causas do aumento incomum das concentrações radioativas ainda são desconhecidas, mas acredita-se que podem estar relacionadas com a chuva que caiu ao longo do dia na região e com as operações de jogar água sobre os reatores danificados da usina nuclear de Fukushima na tentativa de reduzir sua temperatura para evitar um acidente maior.
Ondas de 14 metros – O tsunami que atingiu a central tinha ao menos 14 metros de altura, disse nesta terça a Tokyo Electric Power (Tepco).
Até o momento, a estimativa do tamanho da onda era de 10 metros.
A central de Fukushima Daini, a cerca de 10 km ao sul da primeira, também foi varrida pelo tsunami, mas sofreu menos danos.
A Tepco construiu as duas centrais nucleares para resistir a um terremoto de 8 graus de magnitude e a um tsunami de 5,7 metros de altura em Fukushima Daiichi, e de 5,2 metros em Fukushima Daini. (Fonte: G1)