O ozônio é o poluente que mais ultrapassa os padrões de qualidade do ar na Grande São Paulo. É o que afirma a gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb, Maria Helena Martins.
O ozônio está presente também nos carros. Cada vez que um veículo é ligado, o escapamento está jogando poluentes na atmosfera; quando ele é abastecido, também, já que os gases evaporam e se encontram com o oxigênio do ar. Junto com o calor do sol, forma-se o mau ozônio, um poluente que se forma numa altura de até 10 km e é o resultado da reação química de alguns gases poluentes com a luz do sol.
Um teste feito no Parque do Ibirapuera mostra que o nível de ozônio no local também está acima do ideal. “Os filtros expostos à poluição possuem uma concentração muito grande, cerca de 200 mg/m³. No parque você tem a formação de ozônio em proporções, mais ou menos, o dobro do aceitável. O aceitável é até 100 mg/m³”, diz a pesquisadora do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental, Ana Júlia Lichtenfels.
Problemas nas vias aéreas, asma, sinusite e rinite ocorrem, em partes, por causa da formação de ozônio. “Hoje ele é um poluente muito presente em São Paulo. Ele é um grande irritante de via aérea. Rinite, sinusite, descompensação de asma, criança com otite média. Favorece a pneumonia e também o aumento de mortalidade por doenças cardiovasculares”, diz o pesquisador Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição da USP. (Fonte: G1)