O terremoto de magnitude 7,4 graus na escala Richter que atingiu o Nordeste do Japão na noite de quinta-feira (7) provocou o vazamento de água radioativa na Usina Nuclear de Onagawa, na província de Miyagi. Uma pequena quantidade de líquido – cerca de 4 litros – foi liberada e se acumulou no chão dos prédios que abrigam os três reatores.
De acordo com dados não oficiais, houve um corte de energia elétrica em três pontos da instalação. Mas geradores movidos a diesel foram acionados posteriormente. Outra instalação, localizada em Higashidori, na província de Aomori, também ficou sem energia elétrica externa, e os geradores de emergência entraram em ação.
Segundo a Agência Nacional de Polícia, já são três os mortos em decorrência dos tremores de ontem e 141 pessoas ficaram feridas. A Companhia Elétrica Tohoku informou que 3,64 milhões de residências ficaram sem energia nas províncias de Aomori, Iwate, Akita, Miyagi, Yamagata e Fukushima. Também houve corte do fornecimento de gás de cozinha e de água nessas regiões.
A cobertura do pior terremoto da história do Japão, do último 11, tem gerado críticas por parte do governo japonês. As autoridades vêm fazendo apelos à imprensa estrangeira para reportar os fatos objetivamente, principalmente em relação à crise nuclear.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Japão, artigos tendenciosos, com erros graves e sensacionalistas causaram pânico e colaboraram para que países colocassem restrições na importação de produtos japoneses.
A TV japonesa também deu destaque aos “exageros” dos jornais estrangeiros. Alguns tabloides divulgaram informações de que os corpos encontrados na Usina de Fukushima seriam vítimas da radiação. Os funcionários mortos, na verdade, foram pegos pelo tsunami do dia 11. (Fonte: Radiobrás)