Os seguidos desastres naturais e o número recorde de tornados que tem sacudido o sudeste dos Estados Unidos nas últimas semanas não determinam necessariamente um aumento da projeção estimada de furacões para a temporada de junho a novembro, disse nesta sexta-feira (13) o diretor do Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), Bill Read, à AFP.
“Realmente não creio que haja uma correlação entre a estação de ciclones que se inicia agora e a série de tornados, tempestades e inundações registradas de abril a maio no sudeste do país”, disse.
A expectativa dos especialistas é de que sejam formadas 16 tempestades tropicais, nove das quais se converterão em furacões, sendo cinco destes com grande poder destrutivo, conforme prognóstico de especialistas em ciclones tropicais da Universidade do Estado de Colorado, divulgado em abril.
O estudo indica ainda que as probabilidades de que um furacão maior, com ventos acima dos 178 km/h, alcance a costa dos Estados Unidos este ano são de 72%, muito acima dos 52% previstos anteriormente. Já os países do Caribe têm uma probabilidade de 61% de serem atingidos por um furacão maior.
Uma série de tornados, alguns deles com rajadas de ventos acima dos 300 km/h, deixou mais de 350 mortos e destruiu milhares de casas, comércios e instalações de infraestrutura ao longo de sete estados americanos no centro e sudeste dos Estados Unidos na última semana de abril.
Em maio, a pior inundação registrada nos últimos 70 anos cobriu casas e plantações em seis estados, especialmente nas áreas adjacentes ao rio Mississipi. Na Louisiana, o aumento das águas colocou em risco nos últimos dias várias instalações de refinarias de petróleo americanas. (Fonte: Portal iG)