As mudanças climáticas devem tornar mais frequentes os incêndios florestais na região do Parque Nacional de Yellowstone, o mais antigo dos EUA, segundo um estudo publicado pela “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS).
O parque, que se estende pelos eastados de Idaho, Wyoming e Montana é dominado por densas florestas de antigos pinheiros. Com as queimadas, segundo o artigo das “PNAS”, devem surgir pastos e florestas caracterizadas por plantas mais arbustivas e pinheiros mais jovens. O tempo mais seco deverá alterar a capacidade de recuperação da mata.
Os autores da pesquisa analisaram os efeitos de queimadas na região das Montanhas Rochosas entre 1972 e 1999, e associaram os resultados a projeções de como o clima mundial deve se comportar neste século.
A conclusão é que os anos sem queimadas serão raros até 2050 e incêndios como o de 1988, que destruiu 3110 km², afetando mais de um terço do parque, podem ser comuns até 2075.
“Os fogos mais frequentes não serão catastróficos à área – Yellowstone não será destruído – mas sem dúvida levarão a mudanças profundas na vegetação”, diz Monica Turner, pesquisadora da Universidade de Wisconsin, em comunicado. (Fonte: Globo Natureza)