Os membros da alta sociedade sabem como é difícil estar com tantos amigos – parece que não há tempo suficiente para todos.
Um novo estudo relata que certos elefantes asiáticos, com muitos companheiros, enfrentam a mesma dificuldade. Outros elefantes, ao contrário, são mais reservados e mantêm poucos relacionamentos sólidos.
Shermin de Silva e seus colegas acompanharam o comportamento de aproximadamente 300 fêmeas de elefantes do Parque Nacional Uda Walawe, no Sri Lanka, por cerca de dois anos. Eles descobriram que a estrutura social dos elefantes é complexa e que o comportamento deles varia bastante. O estudo aparece na edição atual da revista BMC Ecology.
“Há muitas variações individuais”, afirma de Silva, que conduziu a pesquisa como parte da sua tese de doutorado na Universidade da Pensilvânia. “Cada elefante é livre para escolher seus próprios companheiros”, conta.
Embora cada grupo possa ter até 16 membros, a maioria dos elefantes se reúne em grupos de três. Além disso, alguns elefantes mantiveram os mesmos companheiros por muito tempo e outros mudaram de parceiros.
Um grupo de cinco elefantes aparentava estar sempre junto. Aproximadamente 16 por cento dos elefantes mudou completamente seus cinco companheiros principais durante o período de duração do estudo.
“Se pensarmos sobre isto, a quantidade de tempo para ser dedicada aos companheiros diminui conforme o número de amigos que ele tem”, afirma Silva.
“Quanto menor o número de amigos, mais forte é a união com esses poucos”, continua ela.
O motivo dos elefantes preferirem mudar de círculo social não está claro, afirma Silva, que agora dirige a Elephant, Forest and Environment Conservation Trust, organização que ela fundou no Sri Lanka. (Fonte: Portal iG)