As observações das missões solares SOHO e STEREO da Nasa (agência espacial americana) revelaram novos dados que ajudarão a facilitar os prognósticos climáticos na Terra e conhecer melhor a evolução das tempestades solares, que podem prejudicar satélites e causar erros nas comunicações.
Cientistas da Universidade de Standford (Califórnia) projetaram um novo método para detectar as chamadas “ejeções de massa coronal” (CMEs, da sigla em inglês) causadoras das auroras boreais mas também das interrupções nas comunicações.
Segundo o estudo publicado no periódico especializado Science, tais erupções solares emergem do interior do Sol como fortes campos magnéticos, explodem em direção à superfície e formam uma enorme bolha de plasma magnética, o que provoca uma onda que se expande rumo ao Sistema Solar.
Sua existência está documentada, mas os cientistas continuam pesquisando uma forma de detectá-las antes que se formem e, assim, evitar suas consequências, já que além das comunicações, estas ejeções são perigosas para os astronautas no espaço e podem provocar blecautes elétricos na Terra.
Utilizando as observações com o Observatório Solar e Heliosférico SOHO, uma missão conjunta da Nasa e a Agência Espacial Europeia (ESA, da sigla em inglês), o professor Stathis Ilonidis e sua equipe, foram capazes de detectar sinais da formação de manchas solares emergentes antes que cheguem à superfície do Sol.
Os cientistas descobriram que os campos magnéticos que formam manchas solares são gerados pelo menos 65 mil quilômetros abaixo da superfície e calcularam a velocidade na qual emergem, por isso que conseguiram estabelecer uma relação para se adiantar.
O estudo indica que os campos magnéticos emergem de 0.3 a 0.6 quilômetros por segundo e provocam manchas solares um ou dois dias após ser inicialmente detectados.
A Nasa também apresentou nesta quinta-feira (18) novas imagens proporcionadas pelas naves gêmeas STEREO, que foram lançadas em 2006, para melhorar a capacidade de prever as tempestades solares, cuja nitidez “proporciona as capacidades de observação para estabelecer modelos para realizar melhores prognósticos”, segundo disse em entrevista coletiva Lika Guhathakurta, científica do programa. (Fonte: Portal iG)