O estudo do barro que compõe o solo de Marte revelou que as zonas com água líquida abundante existiram na superfície do planeta apenas durante curtos períodos de tempo. Essas ocorrências do líquido vital à vida foram detectadas no final de uma era de centenas de milhões de anos, na qual a água morna interagiu com rochas subterrâneas. A novidade foi revelada pela agência espacial norte-americana (Nasa).
A análise foi conduzida durante anos com dados de 350 áreas de Marte coletados por veículos norte-americanos e europeus que orbitam o planeta vermelho. As novas informações podem ter impacto na hipótese de vida no local e oferecem uma explicação alternativa para como a atmosfera do astro se formou.
A descoberta de barro em Marte aconteceu em 2005 e serviu como indício de que o planeta já teve um clima mais ameno e úmido, condições ideais para o desenvolvimento de seres vivos. Se essas condições existissem no planeta durante um longo período, a atmosfera marciana precisaria ser mais grossa do que a atual para impedir que a água evaporasse ou congelasse.
Agora, os cientistas apostam que o líquido pode ter sido confinado em rochas subterrâneas e emergido apenas durante curtos períodos de tempo, marcando as formações rochosas locais pela erosão. (Fonte: G1)