Protesto tenta ocupar plenária da conferência do clima em Durban

Manifestantes tomaram os corredores do prédio onde ocorre a conferência do clima, na cidade sul-africana de Durban, nesta sexta-feira (9). O ato de protesto durou cerca de duas horas.

Portanto cartazes e cantando canções de protesto do tempo do Apartheid [regime de segregação racial que vigorou na África do Sul de 1948 a 1990 e que se encerrou em definitivo com a eleição de Nelson Mandela para a presidência do país em 1994], eles tentaram marchar até a plenária da COP-17, mas foram detidos pelos seguranças.

O diretor-executivo do Greenpeace, o sul-africano Kumi Naidoo, foi banido do prédio.

Antes de ser detido, Naidoo disse: “Estamos aqui para apoiar os países mais vulneráveis, cujas necessidades básicas de sobrevivência não estão sendo discutidas pelos homens e mulheres naquela sala de conferência (…) Estamos aqui para apelar aos ministros de governos que ouçam as pessoas, e não os [países] poluentes.”

Ele criticou os Estados Unidos, alegando que atrapalham os progressos que poderiam ser obtidos durante a cúpula em Durban.

O sul-africano estava acompanhado no protesto pelo ministro de Meio Ambiente das ilhas Maldivas, Mohaemmed Shareef, e pediu para que o povo americano considerasse, por alguns instantes, o futuro dos países-ilha como um todo, que correm o risco de sumir do mapa com o aumento do volume de água dos oceanos.

Outros nove ativistas do Greenpeace tiveram suas credenciais confiscadas. O grupo não poderá entrar no prédio até o fim da COP-17, que se encerra nesta sexta-feira (9). (Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)