O Japão estuda permitir que os reatores nucleares tenham uma vida útil de até 60 anos, disse o governo nesta quarta-feira (18), apesar do debate no país sobre a substituição da energia nuclear. A medida seria parte de novos regulamentos na operação das usinas atômicas japonesas.
Essa será a primeira vez que o governo do Japão imporá um limite à vida útil dos reatores. A nova estratégia energética em debate no país deve conceder um papel maior a fontes de energia limpa e renováveis.
A decisão acontece depois do desastre nuclear de março de 2010, que obrigou o desligamento do sistema de resfriamento dos reatores da usina de Fukushima, atingida pelo terremoto e tsunami de 11 de março, provocando a remoção de dezenas de milhares de pessoas da região no entorno.
Análise – Há uma semana, o Governo de Fukushima, anunciou que planeja testar o leite materno de 10 mil mulheres que vivem na província para analisar os níveis de contaminação radioativa.
De forma voluntária, os testes têm custo aproximado de 50 mil ienes (US$ 650) por pessoa e serão bancados pela administração de Fukushima através de um fundo governamental destinado a controlar a saúde da população após o acidente nuclear na central.
A decisão de realizar os testes foi tomada depois que muitas mães da província expressaram sua preocupação pela possibilidade de o leite materno ter sido contaminado pelas partículas de radiação emitidas pela usina de Fukushima Daiichi, informou a agência local “Kyodo”. (Fonte: G1)