Cientistas trabalhando na Guatemala encontraram fragmentos do vírus da gripe A (H1N1) em uma espécie de morcegos chamada Sturnira lilium. A linhagem achada dentro desses animais na América Central é diferente de todas as outras que circulam na natureza. Este é o primeiro registro de pedaços do micro-organismo dentro de mamíferos alados.
Ainda que a maior parte das variáveis do vírus da gripe A circulem em meio aquosos, as mais perigosas são aquelas que usam mamíferos como reservatórios.
A pesquisa contou com 316 morcegos de 21 espécies, capturados em 8 locais no Sul da Guatemala dentro de um período de dois anos. Apenas 3 deles continham o vírus, todos da espécie Sturnira lilium, caracterizada por mamíferos pequenos com ombros amarelados.
Os cientistas tentaram propagar o vírus em culturas de células e em embriões de galinhas, mas as tentativas falharam. O grupo acredita que a disseminação desta variante do vírus também seja diferente na comparação com as versões já conhecidas do micro-organismo.
É possível que morcegos tenham contraído o vírus há centenas de anos, permitindo que as inúmeras mutações do vírus originassem, com o tempo, o novo tipo do agente patológico entre a população de morcegos na Guatemala. (Fonte: G1)