As causas do incêndio na Estação Comandante Ferraz, na Antártica, deverá ser investigadas em até 40 dias, prorogáveis por mais 20, segundo informou nesta sexta-feira (2) comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa. Nesta sexta, o ministro da Defesa, Celso Amorim, se reuniu com representantes da Marinha e do Ministério da Ciência e Tecnologia para tratar das ações de reconstrução e continuidade das pesquisas na base, que teve 70% de suas instalações destruídas.
Na reunião, o contra-almirante Marcos José de Carvalho Ferreira, secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIM), responsável por gerenciar o Programa Antártico Brasileiro apresentou um relato técnico das circunstâncias do acidente, com imagens da evolução do incêndio.
Segundo a CIM, há indícios de que o incêndio começou no local onde se encontram geradores de energia, movidos a diesel, e onde ficava a casa de máquinas da estação. Os equipamentos foram completamente destruídos pelas chamas, conforme o relatório.
As causas concretas do acidente, no entanto, informou a Defesa, deverá constar num inquérito policial militar iniciado logo após o acidente. Sete peritos da Marinha já estão na base desde o início da semana.
Na reunião, o ministro foi informado que o incêndio não atingiu os módulos científicos, os refúgios (para abrigo em caso de emergência), os tanques de combustível e o heliponto. “Essas estruturas ficam isoladas do prédio principal, destruído pelas chamas, e que abrigava a parte habitável, além de laboratórios de pesquisa da estação”, diz a nota.
As equipes que se encontram na base trabalham agora para evitar impactos ambientais no tratamento do que sobrou da base, incluindo alimentos que poderiam atrair animais. Na próxima terça-feira (6), Amorim deverá ir ao Senado para falar sobre o acidente. (Fonte: G1)