Uma mosca entra no bar, chama o garçom e diz: “para matar a tristeza, só mesa de bar”. A cena é surreal, mas tem algum fundamento científico – exceto pelo fato de que ainda não há estudos mostrando que moscas sejam fãs de Reginaldo Rossi.
Mas há sim uma pesquisa que mostra que o álcool é uma saída, ou pelo menos um consolo, para a dor de cotovelo na espécie – onde quer que esteja o cotovelo de uma mosca.
A experiência que chegou a essa conclusão foi feita nos laboratórios da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos EUA. As moscas macho foram separadas em dois grupos – um deles foi colocado ao lado de fêmeas virgens, que permitem a cópula, e o outro teve contato com fêmeas arredias.
Depois, os insetos puderam optar entre dois tipos de alimentos – com ou sem álcool. Foi quando os cientistas descobriram que as moscas rejeitadas gostam da bebida alcoólica – bem mais do que as que conseguiram sexo.
Acontece que o sexo eleva o nível de uma substância chamada “neuropeptídeo F”, ligada ao chamado sistema de recompensa do cérebro. Quanto menor esse nível, maior a chance de que a mosca consuma álcool.
Como se trata de uma relação química, a descoberta pode ser desenvolvida a ponto de explicar mecanismos do alcoolismo em humanos. A pesquisa foi divulgada pela “Science”, uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo, nesta quinta-feira (15). (Fonte: Tadeu Meniconi/ G1)