Biólogos norte-americanos anunciaram nesta quinta-feira (15) que ficaram surpresos ao descobrir uma nova espécie de rã bem longe das florestas tropicais, na selva de pedra da cidade de Nova York.
A criatura verde e com manchas, encontrada no estádio dos Yankees, no Bronx, foi confundida durante anos e considerada pertencente a uma variedade comumente encontrada, denominada rã-leopardo. Mas agora os cientistas descobriram que se trata de uma nova espécie.
“É impressionante que uma espécie seja desconhecida nesta área”, afirmou Brad Shaffer, biólogo da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), que divulgou a informação nesta quinta-feira (15).
A cidade de Nova York é cercada por pântanos e outras áreas ricas em biodiversidade. Mas esta espécie urbana parece ter escolhido um dos locais mais arenosos como centro de seu habitat.
Em artigo publicado no periódico “Molecular Phylogenetics and Evolution”, Shaffer e outros cientistas compararam o DNA da rã aos de outras espécies de rã-leopardo da região.
Foi quando compreenderam que o espécime de fato era uma rã-leopardo, mas de um tipo diferente. “Muitos anfíbios são discretos e muito difíceis de encontrar, mas estas rãs são bastante óbvias”, explicou Shaffer.
“Isto demonstra que mesmo na maior cidade dos Estados Unidos ainda há espécies novas e importantes aguardando para ser descobertas”, emendou.
Por engano – A principal autora do estudo, Cathy Newman, da Universidade do Estado da Luisiana, estava estudando as rãs-leopardo quando seu colega, Jeremy Feinberg, da Universidade Rutgers, pediu que investigasse umas “rãs incomuns”.
“Há rãs-leopardo do norte e do sul nesta vasta área, então eu esperava encontrar uma que, por alguma razão, tivesse comportamentos atípicos ou híbridos das duas”, explicou Newman.
“Fiquei realmente surpresa e animada quando comecei a receber dados que sugeriam fortemente que se tratava de uma espécie nova. É fascinante [que tenha aparecido] em uma área tão fortemente urbanizada”, continuou.
Feinberg disse ter ficado intrigado, pois esta rã produz um coaxo repetido, diferente do “ronco prolongado” de outras rãs-leopardo.
“Quando ouvi estas rãs pela primeira vez foi tão diferente que eu soube que eram muito distantes” daquilo que conhecíamos, afirmou Feinberg. (Fonte: G1)