Conferência da ONU vai discutir ‘índice de felicidade’

A ONU (Organização das Nações Unidas) começa a implementar, na próxima segunda, resolução que busca um “padrão holístico” para medir o desenvolvimento dos países.

Segundo o organismo, Estados devem criar medidas além das econômicas para mensurar a felicidade e o bem-estar dos povos.

O “índice de felicidade” deve ser discutido na Rio+20, conferência sobre desenvolvimento sustentável prevista para junho no Rio de Janeiro.

A resolução da ONU, aprovada em 2011, diz que o PIB (Produto Interno Bruto) não é suficiente para medir o bem-estar de uma população.

O documento convida os países a elaborarem medidas adicionais para fazer esse diagnóstico. Haverá um painel de discussões conduzido pelo Butão para discutir o índice de felicidade. O Nobel de Economia Joseph Stiglitz será um dos palestrantes.

O Butão já adota o conceito de Felicidade Interna Bruta como medida de progresso, preocupação que surgiu naquele país na década de 1970. Atualmente, para medir a felicidade, o Butão considera questões relacionadas à renda, à saúde e ao nível de estresse do povo.

Segundo disse à Folha Dekey Gyeltshen, porta-voz da missão do Butão na ONU, políticas públicas e projetos do governo passam por “avaliação rigorosa” baseada no índice de felicidade.

Nos EUA, o instituto Gallup divulga semanalmente como varia o sentimento de felicidade entre americanos. O índice tem melhorado.

Entre os dias 19 e 25 deste mês, 48,3% disseram que no dia anterior à pesquisa sentiram felicidade e alegria, e nível não muito grande de estresse e preocupação. Há um ano, o percentual era de 47,2%.

O Gallup entrevista mil americanos adultos por dia e a margem de erro da pesquisa é de 1 ponto percentual.

O resultado do índice de bem-estar do instituto é sazonal: os picos de felicidade dos americanos ocorrem em dezembro, na época do Natal, e em junho e julho (meses do verão no hemisfério Norte). (Fonte: Folha.com)