A África do Sul vai endurecer a legislação sobre a caça legal de rinocerontes. Será obrigatória a presença de um inspetor ambiental “desde o início até o fim” de cada caçada, informou nesta quinta-feira (5) o ministério do Meio Ambiente do país.
O objetivo das autoridades é dar credibilidade a um setor importante para a economia e turismo da África do Sul, mas que é também uma fonte de abusos.
Vários escândalos mancharam recentemente a imagem da caça legal, como a descoberta de redes que desviavam permissões obtidas legalmente com nomes falsos para contrabandear chifres de rinoceronte para a Ásia. Esta atividade era mascarada por se tratar de uma exportação de troféus de caça.
Legislação – A nova lei foi assinada em 30 de março pelo ministro do Meio Ambiente, Edna Molewa, e será promulgada “em abril”, disse Albi Modise, porta-voz do ministério.
Com a nova regulamentação, “a caça de rinoceronte só pode ser realizada sob a supervisão de um agente de proteção da natureza, de preferência com a presença de um inspetor de gestão ambiental em cada província envolvida”, informou o ministério.
De acordo com Modise, “o objetivo é proteger os rinocerontes e evitar qualquer disputa com relação ao sistema de” caça legal. “Queremos dar credibilidade ao sistema”, disse.
Monitoramento – A nova lei também prevê a entrega de uma amostra de DNA de cada chifre de rinoceronte, obtido como troféu, e a instalação de um pequeno dispositivo eletrônico para monitorar cada animal.
“Além disso, durante a apreciação dos pedidos de permissão para caçar, as autoridades devem verificar se o país de residência do caçador, onde os chifres e troféus serão exportados, possui legislação sobre o comércio de espécies ameaçadas de extinção”, acrescentou o ministério.
As licenças de caça na África do Sul são emitidas pelas autoridades de cada província. (Fonte: G1)