O Rio de Janeiro está prestes a enfrentar uma epidemia de dengue. A informação é do Superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental do estado, Alexandre Chieppe. De acordo com ele, os meses de abril e maio são os mais críticos para a proliferação do mosquito transmissor da doença. Desde o início do ano, foram notificados mais de 53 mil casos suspeitos de dengue no estado, com dez mortes confirmadas.
“A gente está em uma fase que, historicamente, é de pico de transmissão da doença no Rio. Por causa disso, a gente vem monitorando esse número de atendimentos de dengue em diversas localidades. O local que mais preocupa é a capital”, disse Chieppe.
Segundo o superintendente, é possível que algumas áreas já enfrentem surtos isolados da doença. Entretanto, no momento, os números contabilizados pela Secretaria de Saúde do estado ainda não apontam para um quadro de epidemia. “Apesar de a gente não ter um cenário epidêmico no estado do Rio como um todo, tem localidades que a transmissão está muito intensa, como é o caso da capital, particularmente as zonas oeste e norte da cidade.”
Ele explicou que, com a implantação dos centros de hidratação em alguns municípios do estado, o número de casos registrados anualmente pela secretaria vem apresentado queda significativa. “A experiência que a gente teve nos anos de 2008, 2009 e 2010 com a implantação desses polos foi bastante boa e, obviamente, a gente pretende repetir, na medida em que a gente for identificando a necessidade”, disse.
Recentemente, a secretaria inaugurou mais quatro centros de hidratação para atender a população. Três no município de Nilópolis e um em Nova Iguaçu, ambos na Baixada Fluminense. Além das sete unidades que já estão em funcionamento em São Gonçalo, na região metropolitana, e Valença e Angra dos Reis, no sul fluminense. Os centros são instalados de acordo com o número de pacientes que apresentam sinais da doença e a capacidade do município de dar conta da demanda no atendimento.
Cada centro tem capacidade de atender a até 200 pessoas por dia. Os pacientes com suspeita de dengue passam por uma consulta prévia para fazer a classificação de risco da doença e, em seguida, são atendidos por um médico, que os encaminha para o setor de hidratação.
Outra iniciativa da secretaria é a campanha 10 Minutos Contra a Dengue, que busca estimular a população a reservar dez minutos poer semana para identificar e eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti nas próprias residências. Segundo a secretaria, o ambiente doméstico concentra a maior parte dos focos, com 80% das notificações. (Fonte: Agência Brasil)